quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Carta da Semana - Decide

O medo de decidir


O medo de decidir ou o adiar da decisão.      
Muitas vezes adiamos decisões até à última da hora.
Porque fazemos isso?

Porque temos medo de encarar a verdade. 
De encarar o que sentimos. De encarar o que as outras pessoas sentem e pensam.

Muitas vezes tomamos decisões por obrigação. 
Porque é correcto. 
Porque os outros acham correcto. 
Porque nós achamos que devemos ser correctos. 
Porque existe um padrão do que é correcto e não é permitido nenhum desvio. 
Nem curto nem longo.

E quem impõe esse padrão? Nós e os outros.
Impomos a nós mesmos e impomos aos outros.
Temos medo de não nos enquadrarmos.
De sermos colocados de lado.
De nos apontarem o dedo. De nos catalogarem.
De não fazermos parte.
De sermos considerados anormais. Fora da norma.

Temos medo de sobressair de uma forma considerada pouco normal.
Então pensamos de forma irracional que deixar a decisão para a última da hora vai tornar as coisas mais fáceis.

Por vezes só piora pois a cada dia que passa carregamos o peso de algo a decidir.

E acabamos muitas vezes por tomar uma decisão não com base no que sentimos e desejamos, ma sim com base naquilo que achamos que os outros aprovariam.

Vivemos com medo de não sermos aprovados. Temos comportamentos programados para serem aprovados pelos outros e também exigimos esses mesmos comportamentos dos outros. Cobramos uns aos outros.

Fazemos as coisas para agradar aos outros mesmo sentido que não é o que desejamos.

Mas será assim tão necessário manter esse padrão de comportamento? 
Esse padrão de decisões?

Não poderão existir outras respostas, outros comportamentos que nos façam felizes sem interferir com o bem-estar das outras pessoas?

Não poderemos abrir mais esse leque de atitudes e comportamentos?

Não estaremos a ser demasiado fechados a algo que não tem motivo de ser?

Se fosse assim tão normal agirmos em conformidade para agradar os outros, não nos sentiríamos obrigados a fazê-lo. 
E se há obrigação é sinal de que existem outras alternativas que nos fariam mais felizes.

Vivemos para agradar os outros ou para ser felizes?

Não podemos agradar os outros e a nós mesmos ao mesmo tempo? Ou a alguns dos outros.

Não podemos ser mais tolerantes? Mais abertos?
Será assim tão incorrecto?
Devemos ter medo?
                                       

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